terça-feira, 31 de maio de 2011

Correndo

   Passando rapidinho para dizer que estou correndo atrás de tudo o que precisamos. Sexta fui na costureira mandar fazer o meu vestido de noiva! Simples e por isso mesmo que estou mandando fazer. Levei os gatos no veterinário para vacinar e deixar quase tudo pronto para a viagem. Hoje a corrida foi grande, pois tinham ainda algumas questões de trabalho e rescisão para resolver. Também chegaram as nossas fotos, que mandei imprimir para fazer o álbum para o dia da entrevista. Estou organizando e colocando legendas. Por isso, volto depois com um post melhor! Beijossss


quinta-feira, 26 de maio de 2011

A Sortuda Mais Azarada

   Faz tempo que eu não apareço por aqui. Mas comecei a corrida atrás de tudo o que precisamos e quando não estou correndo, estou pensando em tudo o que temos a fazer. Confesso que meu ritmo deveria estar mais acelerado, não sei porque ando mais preguiçosa. Na verdade, é muita coisa para fazer. E quanto mais chega perto, o frio na barriga aumenta e eu, tenho uma grande tendência a me paralisar, com o medo. Engraçado como algo que tanto se quis, numa hora te dá medo. 

   A carta do consulado ainda não chegou. Isto me preocupa um pouco. Não por não sabermos da data da entrevista, isto já está certo, com o e-mail registrado, passagens compradas; mas pelo fato de que me faz pensar o quanto demorará para chegar o meu passaporte após a entrevista. Quando seu visto é aprovado, seu passaporte fica no consulado e depois de um certo prazo, eles o enviam para a sua casa. Bom, cada coisa de uma vez.

   Costumo dizer que as coisas sempre dão certo para mim, mas até isto acontecer, o caminho é árduo, cansativo, me atrevo a dizer que sou a sortuda mais azarada que existe. Depois de todo este sofrimento de espera, recebemos a aprovação do processo e vejam, a carta ainda não veio. Entramos em contato com o consulado várias vezes até conseguirmos a data da entrevista. Depois, fomos nos organizar em relação a datas. Meu noivo vem para o Brasil, para irmos juntos à entrevista. Isto não é obrigatório, mas é recomendado e é lógico que queremos estar juntos neste momento. Eu, preciso me deslocar até o Rio de Janeiro, e preciso voltar para Novo Hamburgo, precisamos de tempo. 

   Começamos a olhar as passagens para os Estados Unidos e aí atiraram um balde de água fria nas nossas cabeças. Eu iria de milhas, afinal, qualquer dinheiro economizado neste momento é de grande valia. Ele viria por São Paulo, pois as aeronaves são melhores e precisamos de um pouco de conforto, uma vez que levaremos meus dois gatos juntos (assunto para outro post). Enfim... Dólar baixo, alta temporada em Miami, férias escolares, compras coletivas e nós, sem passagens viáveis. São Paulo, nem pensar, conseguimos uma pelo Rio, mais cara do que o normal, mas conseguimos. E a minha? Esquece milhas!! Estão pedindo três vezes a quantia de milhas normais e pagar três vezes em reais também é impossível. Pensamos em várais alternativas e o decidido seria adiar a minha ida por mais dois meses, até que as passagens se estabilizassem. Sim, tudo é complicado!

   Mas como eu disse, no final tudo dá certo!!! Por sorte, temos amigos sem explicação, amigos-irmãos, coisa rara hoje em dia. Então que nosso querido amigo Gui, nos presenteou com a absurda quantia de milhas exigidas para irmos na data em que gostaríamos. Muita sorte, né? Muita amizade! Isto é uma coisa que não me assusta em morar lá. Tenho grandes e importantes amigos aqui, mas na Flórida também.

   Ontem, compramos as passagens, marcamos os assentos. Ontem, decidimos a nossa casa, enviamos os papeis para análise e fomos aprovados. Quer azar mais sortudo do que esse? Minha vida está se encaminhando, tô nervosa, tô feliz e sim...

WE HAVE A HOME!!!
 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Good News

   Eu já estava meio desanimada e sem vontade de escrever, mas hoje tivemos a boa notícia!!! Não, a carta do consulado ainda não chegou. Mas como já tinhamos ligado para o National Visa Center, para onde são direcionados os processos aprovados, para depois seguirem aos consulados e embaixadas específicas, estávamos com o número do processo aprovado e sabíamos que no dia 28 de abril ele tinha sido enviado ao Rio de Janeiro. Ontem, depois de vinte dias de espera, resolvemos escrever mais uma vez para o consulado afim de obter alguma luz. Pois hoje, recebemos a resposta e a minha entrevista foi marcada!!!! SIMMMMM, eu tenho uma data e uma perspectiva de poder ir para os Estados Unidos, começar a viver a minha vida com o meu noivo!!!  

   A carta ainda não chegou, mas eles enviaram as instruções por e-mail, que na verdade eu já tinha lido tudo, semanas atrás. Agora é começar a correr atrás da papelada! Fuiiii e volto com mais novidades!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Os Longos e Intermináveis Prazos

   Quando optamos pelo K1, o prazo estipulado pela USCIS e outras consultas que fizemos, era de três meses. Pelos nossos cálculos, em fevereiro eu já estaria em Miami, em março nos casaríamos e em abril faríamos nossa lua de mel. Mas estas datas estavam super otimistas, sendo que, ainda nem sei a data da minha entrevista de visto.

    Sim, volto a falar, que se paciência é algo que não tens na vida, tu aprende a pelo menos desenvolver um pouco. Os dias passam e as mudanças no processo não acontecem. Isto é normal. Já no início de janeiro, descobrimos que os prazos do escritório onde estava o nosso pedido, Vermont, eram de cinco meses. E então, começamos a repensar nas datas que estávamos organizando.

   Quando se recebe a carta da USCIS e o número do seu processo, é possível acompanhar via site o status do seu caso. É só digitar o número recebido e verificar em que ponto ele se encontra. O primeiro passo é a Aceitação/Acceptance, que é o dia em que eles recebem a sua correspondência e quando eles aceitam ou rejeitam, caso haja alguma inconformidade. Este passo leva dois dias úteis. E abaixo do ícone do título, eles afirmam que recebram o seu processo, a data e se ele está de acordo ou não.

   Após temos a Revisão Inicial/Initial Review e aí, podem deixar a compulsão das consultas diárias de lado, e dar um tempo para a sua cabeça. Nesta fase,  onde eles analisam cada documento, cada prova, cada formulário, foram longos e cansativos meses, sem nenhuma vírgula mudada. Nossas visitas ao site eram diárias, até que decidimos tentar evitá-las e seguir com a vida. Nesta altura, eu já tinha comunicado no meu trabalho que sairia, por volta de maio e tentava, em vão, não criar expectativas maiores.

   Janeiro se foi, tentávamos não perder a esperança de que as coisas se resolveriam antes do prazo estipulado. Nada. Este foi um tempo muito difícil. Alex e eu não queríamos gastar com mais uma viagem. Nossa ideia inicial era um encontro somente no momento da entrevista no consulado, mas o tempo passava, a saudade aumentava, as conversas via skype começam a ficar cansativas e as contas de telefone altas. (Depois quero escrever um post sobre as alternativas que criamos para uma comunicação mais eficaz e barata) Então decidimos nos ver mais uma vez, depois de 66 dias. Ele foi embora no dia 20 de fevereiro e as coisas continuavam iguais.

   Março passou e sabíamos que no dia 19 de abril teríamos o prazo estourado. Eu também me cadastrei no site da USCIS para receber por e-mail qualquer update do nosso caso. Mas confesso que isto, no fundo, não fez a menor diferença para mim e mais tarde foi o que me fez descobrir a aprovação. Me cadastrei, mas continuava a consultar o site diariamente. As primeiras semanas de abril foram exaustivas e eu, pouco otimista que sou, gastei o equivalente a uma vida de energias positivas ali. Sem resultado. A partir do dia 15 de abril, já cogitávamos um certo atraso na decisão da Imigração. E por muitas vezes, me passou pela cabeça, rejeição ou pedido de novas provas.

   Passado o tempo, eles podem sim, pedir maiores explicações ou provas que confirmem a veracidade da relação e daí, é mais tempo esperando. Mas não foi o que aconteceu conosco. Dia 18 de abril, um dia antes de vencer o prazo estipulado, fiquei o dia inteiro consultando o site, sem mudança qualquer. No dia seguinte, acordei e sem conseguir explicar, não chequei meus e-mails como de costume. Fui pro trabalho e também não entrei no site, estava meio desesperançosa. Quase nove horas da manhã, lembrei de ler os meus e-mails e ali estava o tão esperando comunicado da USCIS, às 05:38 am. Até então, não tinha lido o conteúdo e já tremia tanto, que não tinha nem coragem de abrí-lo. Mas a curiosidade era maior e para a nossa felicidade, o e-mail dizia que nossa petição estava APROVADA! Entrei correndo no site, confirmei e liguei pro Alex, infinitas vezes até acordá-lo e dar a boa notíca. Enfim, depois de certos 5 longos meses, os Estados Unidos da América aceitaram o nosso pedido de amor!


sexta-feira, 13 de maio de 2011

O Meio da História II

   Hoje é um daqueles dias em que estou tentando lidar com as frustrações das expectativas geradas por este processo. Expectativas e frustrações são sentimentos que nos acompanham, quase que diariamente, e é necessário aprender a conviver com eles.

   Sexta-feira 13 e lógico que não seria hoje o dia de uma boa notícia. Abri a caixa de correspondência e ainda não recebemos a carta do consulado marcando a entrevista. Mas ok. Este assunto fica para mais tarde, já que gostaria de seguir um regra cronológica por aqui. Foi mais um desabafo mesmo.

   Voltando ao post anterior, peço desculpas pela demora, mas o Blogger estava fora do ar, em manutenção. 


   Em novembro decidimos que não utilizaríamos serviços jurídicos e seguiríamos sozinhos. Sim, o dinheiro pesou nesta decisão, uma vez que contratando um advogado, pagaríamos USD2.500,00 mais as taxas normais do processo. Então, fomos em busca de tudo o que deveríamos e poderíamos fazer. Separamos nossas fotos, preenchemos os formulários necessários, escrevi a carta de intenções e enviamos toda a documentação com o cheque de USD455,00 para a USCIS*.

   Não demorou muito para eles receberem nossa correspondência e descontarem o cheque, o que foi um bom sinal, sinal de que nosso processo estava nas mãos de quem deveria. E logo mais, o Alex recebeu a carta com a confirmação de recebimento da documentação e com o número do nosso processo. Sim, já éramos um número e já tínhamos um sorriso esperançoso. Estava começando a corrida, que para nossas cabeças, era de 3 meses.

   No final de novembro, Alex veio passar 3 semanas nos Brasil. No primeiro dia juntos, tive uma linda e grande surpresa: o anel de noivado! Estávamos oficialmente noivos e com o nosso pedido de visto na imigração!



*USCIS - United States Citizenship and Immigration Services - http://www.uscis.gov/portal/site/uscis


terça-feira, 10 de maio de 2011

O Meio da História

   Bom, então vamos ao que interessa... Trocar experiências! 

   Vou começar pelo meio da história. Sim, pelo meio, porque o início foi há 11 anos. Quem sabe um dia eu conte por aqui, mas a ideia do blog é outra. Neste espaço prefiro relatos e informações sobre a distância que separa meu noivo e eu e o que estamos fazendo para unir os hemisférios.

   Nos reencontramos - Alex e eu - em julho de 2010, depois de dez anos, em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, onde eu moro. Ele vive na Florida, Estados Unidos, onde eu o conheci. De amigos, passamos a namorados e a partir daí, nossas vidas mudaram como nunca poderíamos imaginar.

   Nos vimos no mês seguinte, mas até então nossa maior preocupação era encontrar uma data adequada para nos vermos novamente. Em setembro, nos encontramos na Bahia e foi a despedida mais difícil que tivemos. Depois dessa viagem, enfrentaríamos, pela primeira vez, dois longos meses separados e àquela altura, a vontade de ficar juntos era cada vez maior. 

   As conversas já tendenciavam para os planos futuros e começamos a discutir a respeito das opções que tínhamos: ele se mudar para Novo Hamburgo, eu me mudar para os Estados Unidos ou nós dois mudarmos para o Rio de Janeiro - cidade natal do meu noivo. Depois de muita conversa e análise de cada alternativa, definimos que, pelo menos para iniciar nossa vida juntos, a Florida seria a melhor opção. E então começamos a pesquisa de qual seria a forma de por a decisão em prática.

   Pesquisamos, conversamos com algumas pessoas, com uma advogada (um papo informal apenas para esclarecimentos), analisamos os casos e optamos pelo visto de noiva - K1. Esta modalidade consiste em encaminharmos um pedido à imigração americana, para que o Alex - cidadão estadunidense - possa levar sua noiva - no caso eu :) - para o seu país. Concedido o visto e eu em solo americano, temos três meses para casar e regularizar a situação. Ou seja, é um visto condicionado ao casamento.

   E foi então que deu-se a largada para o preenchimento de vários formulários, cartas escritas, arrecadação de provas, fotos e tudo o que mais fosse necessário para o início do nosso processo...

Continuo amanhã esta história.

Sobre o Blog

   Vou usar este espaço para narração de histórias e dicas sobre nossas experiências à longa distância, a decisão da mudança, a corrida pelo visto para outro país. Pois depois de tempos, percebemos que existem tantos casais como nós, cheios de dúvidas, crises, sonhos e expectativas, vivendo nesta mesma loucura.

   Espero que com estes textos possamos ajudar aos próximos e até mesmo trocar vivências pelo que ainda está por vir. Aguardo comentários!

   Sejam todos bem vindos!!!